É estranho eu escrever um texto desses por essas horas. Mas eu resolvi escrever. Acho que já parou de doer. Deveria ter parado a muito mis tempo. Mas só agora que eu abri mão do sentimento de culpa. A culpa é natural, mas ela já passou.

Eu olho as cicatrizes e é como se eu não fosse mais a mesma coisa. Eu me lembro claramente da sua casa, da sua família, do seu emprego, do número da sua loja, eu me lembro de todas as coisas. Mas elas não me trazem mais dor. Eu poderia tranquilamente falar com você sem sentir coisa alguma, por isso que não me esforço.

Essa vida é  louca e eu sigo meu jogo, sigo meu caminho, sigo meus sonhos mis loucos, e eles te assustam um pouco. Porque eu não corri atrás, eu aceitei que merecia bem mais. E por isso eu deixei você ir embora.

Agora daqui de longe eu posso rir daquilo tudo que passou. Nem parece que era eu a meses atrás. Eu sou uma pessoa diferente agora. Estou feliz com o que tenho mas tenho consciência daquilo que mereço. 

Eu poderia voltar no tempo e fazer tudo de novo, mas não quero. Não sinto mais sua falta. Mais tarde ainda hoje, devo passar pela sua casa, pela sua rua, pela sua calçada, mas não te pertence mais. Você é só mais um ser humano que anda por aí. Uma parte do meu passado. Uma parte bonita, mas que não se encaixa mais.

É continuar fazendo tudo aquilo que eu já fazia. É vestir as roupas que eu continuo vestindo. É mudar a cor do cabelo. É poder morar em qualquer lugar. è me aproximar de Deus. É não instalar o Tinder. É desejar não amar ninguém. É viver sem ter rumo, prosseguir para viver sem um alvo fixo. É querer marcar com um amiguinho de uma cidade diferente da sua, é não mandar nem receber nenhuma mensagem de bom dia.

É pelo terceiro mês seguido... Se conectar consigo mesma e descobrir que eu perdi minha identidade. E acredite... Nem sei quem sou.

Comentários

Postagens mais visitadas